O
período “pré-colonial” da Etiópia compreende os séculos XVII e XVIII, com a
implantação do reinado de Tewdros II. Neste momento diversos povos estavam
estabelecidos no planalto etíope, dentre eles estavam os Agaw, Amhara e os
Tigrina, todos eles pertencentes a uma única cultura, a Amarico – Tigrina. Essa
cultura tem por características principais o cristianismo monofisista (doutrina
cristã que afirma que Jesus Cristo possuía apenas a natureza divina), estrutura
sociopolítica baseada na hierarquia e mantida por pessoas investidas de grande
autoridade, economia baseada na agricultura e tendo como línguas principais o
amarico e o tigrino.
Ao decorrer dos anos os imperadores
que vinham na linha de sucessão das dinastias que se seguiam, enxergavam como
primordial o armamento de seus exércitos. Visto que ataques estrangeiros eram
cada vez mais constantes. Sucessor de Tewodros, o imperador Yohannes, foi
praticamente obrigado a repelir ataques dos egípcios e dos mahdistas.
Já no reinado de Menelik II
(1889-1913), a expansão da Etiópia continuou. Foram recuperados alguns
territórios, desse modo o território etíope praticamente duplicou. No mesmo período sistema político estava
sendo fixado. Era divido em três segmentos: os distritos no qual o senhores
exerciam o poder, as províncias em que os governantes eram quem faziam uso do
poder, e a nação onde quem exercia o poder era o imperador. Dentro destas
existem três eixos diferentes: o econômico, político e o religioso. De forma geral
esse sistema de governo funcionava da seguinte forma: o imperador nomeava os
governadores que por sua vez nomeavam os senhores.
Menelik II criou as bases da Etiópia
moderna. Foi no reinado dele que o país se modernizou. Sob o seu comado o
exército etiope derrotou um força italiana em 1896, na batalha que ficou
conhecida como a Batalha de Aduwa. Esse episódio foi uma espécie de marco, foi
a primeira garnde vitória de um país africano sobre uma potência europeia.
Menelik II morreu em 1913, em seu lugar assumiu Lij Yasu. Sendo deposto em 1916
sob a acusação de ter se tornado muçulmano. Em seu lugar assumiu o trono
Zauditu, filha de Menelik, que governou ao lado de seu primo, Ras Tafari, que
era regente e herdeiro do trono.
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