A lenda
Kebra Nagast tem várias implicações. A teoria da remoção da Arca de Israel para
a Etiópia parece um óbvio simbolismo, a generosidade de Deus estava sendo
tirada de seu Povo Escolhido originalmente e agraciando a Etiópia. Daí então, a
promessa da aliança de Deus ao Rei Davi de que jamais deixaria faltar um
descendente para reinar em Israel foi igualmente transferida para a linhagem
real Etíope descendente de Menelik, filho de Salomão e Sabá. Isso foi usado
para explicar porque os monarcas da Dinastia de Davi de Israel eventualmente
terminaram em fracasso durante o período da Queda de Jerusalém. (A
interpretação Cristã dessa promessa aparentemente quebrada por Deus, parece ser
que Jesus Cristo, que também era dito como descendente do Rei Davi, é o
herdeiro do trono de Israel de uma forma espiritual.)
Assim,
Hailê Selassiê I foi visto como preservador de uma tradição que foi escrita a
mais de 3 milênios. Além disso, como monarca da Etiópia, ele adotou vários
títulos bíblicos que a muito tempo são relacionados com o Messias. Selassiê era
chamado de Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, e também associado
com “O Leão da Tribo de Judá”.

Então,
Hailê Selassiê passou a ser amado ou adorado como Cristo ou até como Deus
Todo-Poderoso. Seus devotos seguidores Jamaicanos ficaram conhecidos como
Rastafaris, um termo derivado do nome de nascimento de Selassiê, Ras Tafari
Mekonnen.
O próprio
Selassie sendo um Cristão Ortodoxo, parece ter achado essa atenção embaraçosa.
Ele tentou afirmar ao povo que não era Deus, mas um pecador pelo qual Jesus
Cristo morreu. Entretanto, isso não parou o crescimento do movimento Rastafari,
pois era sabido que Deus encarna no homem de forma natural, e o homem então,
não sabe que é Deus
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